terça-feira, 5 de abril de 2011

Somos todos iguais, você gostando ou não!

A polêmica gerada em torno das declarações preconceituosas do deputado Jair Bolsonaro ,despertou uma série de debates em todo o país sobre racismo contra mulheres negras, cotas em instituições públicas de ensino e homossexualidade.
Ontem ao assistir o quadro do programa humorístico CQC  (de onde surgiu a polêmica), fiquei pensativa em ver o posicionamento do representante do povo, o deputado em questão.
Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que sou contra todo tipo de discriminação, mas tenho que confessar que foi de "admirar" como o senhor deputado foi "cabra -macho" em ter sustentado sua opinião, mesmo depois de tanta pressão contrária , notas nas capas de revista e capas de jornais de grande circulação no país e até mesmo um comentário sobre possível cassação, ele se manteve firme, coisa rara de se ver hoje em dia, o povo fala o que não tem coragem de sustentar!
Ontem em nova entrevista ao mesmo programa ele até que tentou se esquivar, mas, em meio a tantas perguntas, deve ter percebido que não tinha como negar e acabou enfiando o pé na jaca de vez e cometendo outras barbaridades com temas tão polêmicos quanto o inicial.
Não concordar com o estilo de vida da cantora Preta Gil é uma coisa, ninguém é obrigado a concordar com o estilo de vida de ninguém, nem tão pouco de ter estima pela pessoa. Agora, desrespeitá-la e também a sua família (quando coloca em questão o modo libertino como foi criada, e ele sabe?) e julgando que as mulheres negras são todas iguais ,é o fim.
Julgando pela minha pele branca, sou então igualzinha na crueldade como Susane Von Richthofen?
(segundo o deputado)Se espancar filho é sinônimo de educação enérgica e não de violência, meu Deus! Seria esse um modo eficaz de boa educação e garantia de conduta moral irrepreensível ? O que dizer então dos crimes de violência doméstica em crianças por pura crueldade?
Um homem com uma postura tão moralista, com tantos valores ditos  por proteção aos bons costumes da família , está no terceiro (nem combina com o discurso) casamento porque mesmo?Gostaria de ouvir suas ex-companheiras!
Para encerrar o quadro, Marcelo Tas  líder do CQC, segurando uma foto dele e da filha Luíza declarou emocionado que sua filha além de bolsista numa universidade americana é gay e que por isso, tem muito orgulho dela.
Outra confusão!!
Filho é filho.Ninguém é mais amado ou tem mais valor por ser negro, índio, branco, cor-de-rosa.Filho legítimo ou do coração, portador de deficiência física ou mental, morador de mansão ou de barraco, hetero ou homossexual. Não precisamos carregar no peito uma placa dizendo de que tribo somos.
Perante Deus, somos todos iguais, se Ele  nos vê assim, para que se influenciar pelo que nossos olhos veem?, isso é mero detalhe que não faz diferença nenhuma.

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