sexta-feira, 27 de junho de 2014

Carta aberta a uma ex- amiga


"Não chegamos a completar um ano da nossa reaproximação, teria sido muito bacana soprar a velinha de um ano de nossa amizade. Comemorar um ano de medos vencidos, dificuldades superadas, gargalhadas maiores que as frases do nosso diálogo e mais um monte de coisas que só as pessoas que se permitem viver uma verdadeira amizade sabem fazer.
Até agora não compreendi porque não deu certo, a uns meses as perguntas sem resposta voltaram a  me assombrar, você prometeu não me fazer mais machucados na alma, eu acreditei...
Pois estou aqui de novo, com o coração esfolado!
Reli todas as nossas cartas como quem tenta montar um quebra-cabeças, senti um amor tão gostoso, que aqueceu meu coração partido por um breve momento, me fez bem, mas, também me fez sentir um pesar...
Não senti raiva de ti, nem tão pouco de mim por ter acreditado que não me machucaria novamente ... Apenas lamentei profundamente não ser querida por alguém que não consigo querer mau.
Mas,  a bem da verdade, prefiro olhar para frente, receber o abraço de quem me quer bem e nesse quesito eu sou imbatível, não tem ninguém que me ame mais do que eu.
Sou intensa e gosto do 100% sempre, não me contento com migalhas quando me entrego por inteiro.
Por isso, decidi seguir em frente, te deixo partir também.. Sem amargura, sem olhar para trás,  não tenho vocação para ser estátua de sal*, meu "barato" é ser de açúcar; doce, acalento da alma no dia de angústia."

*mulher de Ló  virou estátua de sal porque olhou para trás (Gênesis 19:24-26).